sexta-feira, 29 de junho de 2012

Amizades e reencontros




Seis anos de convivência intensa, forçada pela circunstância de bancos universitários.
Seis anos de amizades, conivências, esperas, brincadeiras, bebedeiras, confidências, alegrias e tristezas compartilhadas.
Seis anos de estudos, papos acadêmicos,  provas, passeios,  vinhos, sangrias, praias, suor, cervejas e algumas lágrimas.
Seis anos de violões, luaus, luares , luaradas, serenatas, e beira-mares.
Trocas de idéias e de esperanças, partilhas e confianças.
Seis anos de amizades.

Dez ou mais anos de afastamento,  separações circunstanciais, forçadas pelo trabalho e pela cidade grande.
Apenas dez anos bastaram para afastar do real, sentimentos, alegrias, dores, esperanças e taças não compartilhadas e lançá-los no baú virtual da memória. Dez anos de pensamentos opostos, afazeres opostos e caminhos opostos.

Seis minutos. Só seis minutos de reencontro. O choque, o nada, o vazio, o titubear das palavras, o estourar da tênue bolha em que se transformam as amizades não cultivadas.
Apenas a frieza do aperto de mão, os olhares mortos e aburguesados e o punhal-palavra-assassina da velha música cantada por Fagner:
- “Olá, como vai?
- Eu vou indo e você,  tudo bem?”

Não, Milton, infelizmente amigo é coisa que a distância evanesce e não deixa guardar!

(Link para "Canção da América":)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

13 de Junho


Dia consagrado pelos católicos (e principalmente católicas) a Santo Antônio de Pádua, o santo padroeiro dos casamenteiros e também dos estéreis, das grávidas, dos idosos, dos pobres, dos cavalos, dos jumentos, dos burros (sentido latu e strictu), além do santo das causas perdidas. Como se vê, Antônio de Pádua ou de Lisboa) é bastante atribulado nas esferas celestiais!

E, “pour cause”, o santo parece andar bastante aporrinhado atualmente com tantos pedidos, com muito gasto com velas, com muita salivação em seus ícones e sobretudo com o fato de que milhares de solteironas estão colocando suas imagens de ponta-cabeça, penduradas pelos pés. Em algumas a batina de frade se desfralda e dá até para ver suas cuecas medievais. Outras chegam ao ponto da sacanagem de sacar fora o Menino Jesus de seus braços e só devolver quando arranjam um par!

Parece estar tão chateado que anda despachando muitos pedidos de qualquer jeito, colocando bombeiros pobres nos seios de peruas ricas, soldados tarados no leito de antigas estrelas de TV, piriguetes jovens apaixonadas por senhores provectos (embora aba(e)stados) e vice-versa. Vagabundos e bandidos realizando o sonho de amor de moiçolas ainda estudantes, com direito a barrigada e posterior abandono! Na Itália, onde é recorrido, realizou o sonho de uma velhinha deserdada de oitenta e tantos anos casando-a com um bonitão de vinte e poucos.

Nos cartórios e pias batismais da Europa, França e Bahia é cada vez maior o número de registros para Antônio, nem que seja combinado – Luis Antônio, Antônio Luis, Antônio Mário, Mário Antônio, José Antônio ou Antônio José.
Quem mais anda chateando o Santo é o pessoal do Cariri, no Sul do Ceará.  Todo ano se repete o fato: dezenas de machos agarrados ao pau de S.Antônio e a mulherada correndo atrás e ao lado, querendo tocá-lo.

Ao que parece há uma vingança antonina. Observe-se a mídia diária: casamentos de graças alcançadas que se desfazem no altar, que só duram meses ou até dias; namoros relâmpagos que só persistem em motéis; bebês mal saídos da maternidade cujos papais desaparecem!

Cuidado, mulherio. Deixem o pobre do Santo em paz. Melhor não cutucá-lo com vara curta. Apesar de padroeiro dos casamenteiros e dos burros (coincidência?), S.Antônio não é burro e, das esferas celestiais onde está, é capaz de ver que o planeta já tem mais de 7 bilhões de almas e não comporta mais nem um Antônio. Cuidado com os pedidos, apesar de santo, sua (dele) vingança poderá ser maligna!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Junho é que é o mês!


As noivas (nem os padres!) não sabem, mas para o calendário Juliano, implantado no império romano por Júlio César em 46 A.C., Junho é que era o mês dos casamentos, não Maio!

Junho era o mês dedicado a Juno, a esposa do todo poderoso Júpiter, Zeus dos gregos, o deus dos deuses.

E se quem manda no lar ainda é a rainha, “in illo tempore”, quem mandava mesmo era Juno, a deusa-mor, entidade poderosa no Panteão e considerada a verdadeira guardiã dos casamentos e protetora de todas as mulheres.

Veja bem, mulherio casadouro: Junho é que é o mês!

Mesmo com as modificações no calendário, introduzidas 1.600 anos depois pelo papa Gregório XIII, Junho continuou sendo dedicado a Juno e às casamenteiras, não se sabendo por que cargas d’água ou conveniências, os noivos, alguns párocos ou a mídia transferiram os enlaces e o patrocínio celestial para Maio, cuja patrocinadora era outra: a deusa Maia, uma das deusas das flores da primavera, mãe de Mercúrio, o protetor do comércio, das artes, da Medicina e das ciências.
(Será que comércio tem algo a ver com casamento?)

Mas não tem mês melhor que Julho: calor no hemisfério norte, frio gostoso no hemisfério Sul, férias(prá quem trabalha, of course, viagens, relax, diversão! Não foi à toa que o Senado Romano, para babar o poderoso Júlio César, (olha que costume antigo!), baixou uma lei trocando o nome do mês de Quinctillius” (olha que nome horroroso!) para Julho.

Mas a rapaziada romana solteira, chateada com o frio e os chuviscos de Fevereiro, frequentemente  fazia “mobs” e protestava em frente ao prédio colunado e rico (já àquela época) do  Senatus Populusque Romanus com o mote: “queremos a transferência já das  homenagens carnavalescas a Baco do mês  Frebruarius para Quinctillius”. E acrescentavam o refrão (repetido depois sob as mais variadas formas em terras tupiniquins): “solteiros unidos jamais serão vencidos”. E os senadores sempre respondiam: “os cristãos ainda estão servindo de alimento aos leões do Coliseu e o Papa Gregório ainda não nasceu”.

Atordoados com as mudanças introduzidas alguns anos depois pelo primeiro imperador romano, (Adriano não conta), Cesar Augusto (olha o Agosto aí, gente!), consultaram as Pitonisas, a Esfinge e as Cassandras e elas responderam em côro, com voz cavernosa: “aguardem o fim do calendário maia em 2012”...
Bem, aí já é outra estória sobre calendários que poderemos contar (ou não) em 31 de Dezembro do corrente.

Luar sobre Fortaleza

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Praia de Iracema

Lady Godiva

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Info-Arte

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Verso e reverso

Fotopoema

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Nascimento

Fotopoema2

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Picasso - Guernica

O Sudoku de Ant.Gaudi no portal da Sagrada Família em Barcelona

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Qualquer soma nas colunas, nas linhas ou em X dá 33: a idade de Cristo na cruz!

Pensamento1

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Fanatismo

Dies irae dies ille

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These foolish things

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Tem dias...

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Tem dias!

Wicked game (Kris Izaac)

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Babalu

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Fotopoema

Festival de Natal - Lago Negro - Gramado-RS

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Nativitaten - um espetáculo que se renova e merece ser visto e revisto!