sábado, 23 de fevereiro de 2008
HOSPITAL
(Winston Graça)
Mortas luas artificiais
furam paredes
de pátios envidraçados
Lá embaixo, arroxeados
morrem os carros
Na praça, imundo
Um cachorro,
só no mundo.
Meia noite
de qualquer 28
a solidão nosocomial
molha o verde perdido
da praça deserta.
Cá dentro, vermelho vivo
colore de vida
o recém-nascido
a celebrar com gritos
o fim da noite
e o nascer do futuro.
Lá fora, vermelho gris
colore de morte
o asfalto escuro
a ressoar calado
o fim da noite
e o renascer do passado.
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Tem dias!
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