
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Hedy Lamarr

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terça-feira, 5 de maio de 2015
Poema
No Jardim de Luxemburgo
(Winston, Paris, 2015)
(Paris, 2015)
No jardim de Luxemburgo
experimentei a sensatez
das palavras do poeta frances
com a sensação recorrente
de que ao ter andando correndo
sempre em frente
em direção ao lago
a juventude não passou
nem para mim turista ao leu
nem para a estátua nua
que tem como chapéu
uma cascata de pombos.
Árvores centenárias
assobiam os estribilhos
da velha Marselhesa
em frente ao palácio do Senado
que Maria de Médici
viúva da nobreza
mandou construir
na pós renascença
com saudades de sua Florença.
Miro-me no lago
Narciso ao contrário
e percebo aziago
que Gérard de Nerval
tinha razão:
ela a juventude,
La jeune fille,
passou rápida
como a imagem da criança
correndo com seu balão.
Olho em direção ao banco
onde está sentado
um cidadão de cabelo branco
quase entregue a Morfeu
com um livro caído ao colo,
serei eu?
Aproximo-me e leio
na contracapa
as últimas palavras
do poeta demiurgo
escritas há mais de cem anos
nesse mesmo jardim:
Parfum, jeune fille, harmonie,
Perfume, mulheres e harmonias
passam fugidias
como os pombos de Luxemburgo.
No jardim de Luxemburgo
experimentei a sensatez
das palavras do poeta frances
com a sensação recorrente
de que ao ter andando correndo
sempre em frente
em direção ao lago
a juventude não passou
nem para mim turista ao leu
nem para a estátua nua
que tem como chapéu
uma cascata de pombos.
Árvores centenárias
assobiam os estribilhos
da velha Marselhesa
em frente ao palácio do Senado
que Maria de Médici
viúva da nobreza
mandou construir
na pós renascença
com saudades de sua Florença.
Miro-me no lago
Narciso ao contrário
e percebo aziago
que Gérard de Nerval
tinha razão:
ela a juventude,
La jeune fille,
passou rápida
como a imagem da criança
correndo com seu balão.
Olho em direção ao banco
onde está sentado
um cidadão de cabelo branco
quase entregue a Morfeu
com um livro caído ao colo,
serei eu?
Aproximo-me e leio
na contracapa
as últimas palavras
do poeta demiurgo
escritas há mais de cem anos
nesse mesmo jardim:
Parfum, jeune fille, harmonie,
Perfume, mulheres e harmonias
passam fugidias
como os pombos de Luxemburgo.
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terça-feira, 24 de março de 2015
domingo, 8 de março de 2015
Poema
Mar vivo
Sob duras penas
arrancarei meu norte
de bússolas quebradas
Barco frágil
e sem mecenas
todas as ondas
estarão contra mim.
Só uma vaga me voga
e me envolve por fim
e sobre ela, absorto,
me jogarei contra o porto
sem sul, sem leste ou oeste
alea jacta est.(Ilustração: quadro de W.Turner - "O naufrágio do Minotauro")
Minh'alma latina canta
e canta fox inutilmente
não canta em tom maior
minh'alma latina só canta
tons tristes de lá menor
e dança rock desengonçado
por isso me desespero
minh'alma latina
só sonha em bolero.
Minh'alma latina chora
e chora blues inutilmente
não adianta ela engasga
mistura Billie e fandango
mistura King com tango
antropofagicamente
faz o que pode
tenta até dançar pagode
com letra antiga de fado.
Minh'alma latina toca
e toca sax inutilmente
não adianta o pistão
ele tem trava psíquica
minh'alma latina insiste
em misturar a cuíca
com acordes de violão
em batida lenta e triste
como compete a um chorão.
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Piazzolla
Ouvi
novamente uma música antológica que deveria ser considerada Patrimonio Cultural
da humanidade: "Adios Nonino"
em uma gravação em CD com o bandoneon de Astor Piazzolla. Só não fui às
lágrimas (novamente) porque de tanto ouvi-la, lágrimas correlatas já não há,
além do mais, Piazzolla a compôs em homenagem a seu pai, doente e prostrado em
seu leito. Deixo as lágrimas, se as houver, a quem quiser por acaso me prantear
no futuro, que espero ainda longínquo, colocando em um portátil qualquer um MP3
de Adios Nonino.
Se
vivo estivesse, Piazzolla estaria completando 94 anos em 2015. Talvez não
tivesse a destreza e a força necessária para extrair do seu bandoneon essas
melodias e acordes inigualáveis, inimitáveis e indescritíveis, de melodias que
vão fundo na alma, daquela mistura inesperada e inusitada de tango com puro
jazz!
Ou
talvez, uma vez que era um homem forte, bem talhado até nos seus últimos dias,
fosse ainda melhor no sanfonar de seu bandoneon, igual a um senhor, já bem
idoso, que ouvi tocando com imensa maestria em Buenos Aires, em um show de uma casa noturna chamada
"Señor Tango". Quando foi anunciado que o dito cujo era um dos últimos
participantes do grupo de Piazzolla, quase não acreditei até ao minuto em que o
velhinho puxou os primeiros acordes piazzollianos do bandoneon. Aí valeu a
noite, valeu o ingresso e meu ouvido me guardou uma memória imorredoura!
Escusado dizer que ele tocou justamente o "Adiós Nonino", um avô
prestando uma homenagem a seu pai, o Nono.
De
onde Piazzolla tirou a ideia de misturar tango com jazz e apostar que daria
certo? Sabemos que essas misturas de ritmos nunca emplacam, a não ser como
passageira novidade. Por essas bandas já tentaram misturar samba com be-bop,
sertanejo com rock, old american standards com bossa nova mas não emplacou nem
emplaca. Piazzolla fez a mágica da mistura funcionar e ser aceita para sempre!
Como começou? Quando na década de 20, ainda criança, foi com sua família
argentina morar em Nova York. Lá, interessando-se por música, ganhou de seu pai
um presente: seu primeiro bandoneon.
O pai, percebendo suas habilidades
musicais, contratou nada mais nada menos que Bela Wide, um professor que foi
aluno de Rachmaninov, compositor clássico russo. Com o DNA do tango nas veias e
o gosto pelo jazz que por essa época nascia com músicos famosos nos Estados Unidos,
eis o resultado: uma música única, pungente como o tango mas ao mesmo tempo alegre
e diversificada como o jazz. Canções com marca registrada, com a grife
piazzollana.
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