“Que importava que aquele astro além se chamasse Sírius e aquele outro Aldebarã?
Que lhe importava a eles que um de nós fosse Jacinto, outro Zé?
Eles tão imensos, nós tão pequeninos, somos a obra da mesma vontade!
E todos, Uranos ou Noronhas, constituímos modos diversos de um ser único e nossas diversidades esparsas somam na mesma compacta unidade.
Moléculas do mesmo todo, governadas pela mesma lei, rolando para o mesmo fim...!
Do astro ao homem, do homem à flor, da flor ao mar sonoro – tudo é o mesmo corpo onde circula o sangue de um mesmo Deus!”
(Eça de Queirós - A cidade e as Serras)