Acorda sociólogo Josué de Castro e reescreve tudo.
Eles nada entenderam, de Raiz a Raiz, para não falar em frio e fome, desde Frias, Paios, Guerras, Coelhos, Franciscanas e Cielos.
Voltei Recifinho. Da Ponte Velha, o visual infantil é o mesmo, tal qual um relógio sem ponteiros. Homens e caranguejos se perpetuam na lama. O homem, animal com rica sensibilidade neurológica na superfície corporal, bípede caminhante prá frente, enquanto o decápode, de revestimento caucáreo, com sonolenta aparência, anda prá trás e alimenta a panela dos que de cima da palafita eliminam dejetos no sansárico ciclo "come-defeca-come”.
De Marx a Keynes, consolidado mesmo, só Lavoisier com o nada se perde e tudo se transforma. O que mais? Ah, lembrei! O caranguejo é portador de rara fenomenologia da natureza: o heteromorfismo. O que é isso? É a substituição de um determinado orgão por outro totalmente distinto. Ou seja: quebrando seu olho, no mesmo local nasce uma pata, daquelas que adoramos com farinha e cerveja. E daí? Quem sabe se, arrancando as palafitas, nascerão hotéis como os de Dubai?
Perdão, Josué, só resta fantasiar. Caranguejo e cerveja para todos...
(Texto recebido por email de Gianni Antônio Lira Mastroianni -[giannimastroianni@terra.com.br])