Dentro dos limites de suas cercanias, procurou o riacho e bebia calmo (como na fábula verdadeira) a água clara e limpa do riachão (como foi difícil encontrar essa água clara e limpa! - mas, trata-se de uma fábula). De repente a turvação, uma baldeação e porque não dizer - uma subversão das águas.
E aí o lobo, puto, (como na fábula), comeu viva uma ovelha baldeante que fazia turvação nas barbas de sua autoridade! Sem muita conversa, sem discursos, lento, mastigando, apesar dos bés e més da vítima e de outros balidos insignificantes das outras ovelhas do mesmo redil que pastavam próximas.
O lobo empanzinou e foi ao veterinário que lhe prescreveu repouso remunerado no covil por alguns dias, e, além de alguns remédios para pulgas e carrapatos, uma dieta vegetariana.
Deixou de frequentar o riacho e foi confinado no covil.
As ovelhas, ao contrário, continuaram a frequentar o riacho e não só bebiam, baldeavam, turvavam e baliam felizes, com uma falsa sensação de segurança.
O lobo empanzinou e foi ao veterinário que lhe prescreveu repouso remunerado no covil por alguns dias, e, além de alguns remédios para pulgas e carrapatos, uma dieta vegetariana.
Deixou de frequentar o riacho e foi confinado no covil.
As ovelhas, ao contrário, continuaram a frequentar o riacho e não só bebiam, baldeavam, turvavam e baliam felizes, com uma falsa sensação de segurança.
Enfastiado do seu covil, o lobo convidou alguns colegas de lobismo, não veganos, para rápida incursão ao riachão.
E foi aquela regressão ovelhicida, tipo pega, mata, esfola!
Alguns amigos e vítimas gritavam em seus vernáculos:
- E aí, cadê o regime, não és mais vegetariano?
- Sou, disse o lobo, mas não posso perder a moral, nem em tempos de ovelhocracia...
(Moral da história: uma vez lobo, sempre lobo e não tem regime nem covil que remende a genética)
(Moral da história: uma vez lobo, sempre lobo e não tem regime nem covil que remende a genética)