“Parole come veneno”, constata uma canção italiana.
Mais que veneno: faca de dois gumes que pode ferir também quem as atira nos ouvidos do outro.
É preciso ter cuidado com vocábulos que saem de sua boca, além disso, o velho ditado de “faça o que digo e não faça o que faço”, soa falso!
Palavras devem se referir mais a quem as dita do que a quem as escuta. E por palavras, entendam-se opiniões, conselhos, conceitos, maneiras de ver as coisas ou encarar a vida ou julgamentos. Tudo subjetivo.
O mundo julga como se julga o mundo e julgamentos verbais são recíprocos.
As palavras, de tão usadas, tornam-se gastas como roupas coloridas, perdem a cor e a essência.
E às vezes acontece o que disse o compositor francês Claude Debussy, um homem que só falava o essencial: “O falar aberta e demasiadamente é sempre uma fonte de conflitos”.
Ou como dizia Sir Winston Churchill: “as melhores palavras são as mais breves...”.