É preciso saber viver, estar
muito vivo e com a mente e as orelhas abertas para ouvir o sax alto derretedor
de tímpanos de Dexter Gordon , um músico negro americano fugido dos
preconceitos e da falta de oportunidades em sua terra natal e acolhido em Paris onde fixou morada durante 15 anos, aplaudido em
toda a Europa do pós guerra, onde fez inúmeras tounées.
Na França elaborou o LP “Great Encounters” onde toca “Cake” com Johnny Griffin , mas o fino mesmo é a raridade gravada no Montmartre Jazzbus Festival em 1965 que ainda se pode pescar no YouTube!.
Na França elaborou o LP “Great Encounters” onde toca “Cake” com Johnny Griffin , mas o fino mesmo é a raridade gravada no Montmartre Jazzbus Festival em 1965 que ainda se pode pescar no YouTube!.
Gordon só voltou aos Estados
Unidos em 1976, apresentando-se com sucesso no Village Vanguard no bairro de
Greenwich Village, em Nova York. Quem assistir ao filme “Round Midnight”, sobre
a vida atormentada de Bud Powell, outro músico de Jazz, vai vê-lo tocando e fazendo o papel
de um saxofonista, papel no qual recebeu uma indicação ao Oscar.
Jante. Acalme-se. Coloque ao lado
do som um cálice de licor de tangerina, de preferência made in Ceará e enquanto
o licor desce macio, amacie o sentido da audição deixando a mente fluir nas
divagações sonoras de Kenny Drew e do
solo lancinante de Dexter.
E basta, a noite do fim de semana
está ganha. O resto é figuração e nada mais é fantástico! Voce já está preparado para dormir. Sua mente jaz
no jazz, enquanto o mundo lá fora também jaz e o cérebro adormece com Dexter (que
Deus o tenha no paraíso) solando os últimos acordes do clássico, romântico e antológico
“Misty” , do Montmartre Jazzbus, à sombra da torre Eiffel.
Ouça: