terça-feira, 29 de julho de 2014
A Copa brasileira e a Física
Essa Copa 2014 traz algumas lições da Física que os próximos treinadores, se soubessem, escolheriam melhor seus jogadores, se tiverem algum conhecimento e interesse em Biomecânica.
A era do futebol-arte se encerrou.! O que temos hoje é o futebol do mais forte, dos encontrões, dos empurrões, dos puxões, das derrubadas ao chão, das caneladas e pisões, da permissividade de juizes e isso não é páreo para atletas magros ou de médio porte. Baixos e/ou magros não estão mais com nada, a não ser que compensem seus parcos dotes com capacidade de aceleração ou velocidade maior. Um atleta de futebol moderno precisa de algumas qualidades físicas essenciais: biotipo de maior altura e massa e capacidade de desenvolver velocidade e aceleração.
A equação da relatividade é semelhante à equação da "Massa viva" , do impacto e da inércia: E=MV2-> I=mv. Ou seja, quanto maior a massa e a velocidade, maior a dificuldade em ser barrado, freado, agarrado, derrubado ou parado.
Quanto aos goleiro: mais altos, mais elásticos e sobretudo com mais reflexos e visão periférica (tipo Júlio César mesmo).
Neymar, é exceção? O que o salva é sobretudo sua velocidade e resistência. Compensa sua falta de massa corporal com mais velocidade, reflexos e sobretudo percepção global do campo e suas possibilidades de jogo. Craque realmente raro, embora no estilo antigo, mas como há velocidade na equação , obtém vantagens disso, apesar de ser um magrelo fácil de ser agarrado ou derrubado, chutado e pisado. Um craque, mas não se sabe até quando vai aguentar tanta contusão!
Lógico que não adiantará nada escolher brutamontes pernas-de-pau, lentos e obtusos.
Essa é a lição que um ex-professor de Biomecânica do Movimento Humano tira dessa Copa, embora ele saiba que interesses Fifentos, interesses de clubes e influências de amigos ou da mídia e até quem sabe, interesses financeiros é que determinarão os atletas escolhidos para as seleções...