sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A única bala que contribuiu para a saude da humanidade.

O que há com a mídia atualmente? Está psicologicamente doente? Leia os jornais e bote um avental: eles pingam sangue. Ligue a TV mas antes compre um colete à prova de bala. Compre uma revista e a leia de luvas e próxima à lata de lixo.
Só dá bala, roubo, corrupção e desastres. Não satisfeitos com as desgraças da casa vão buscar onde estiverem ou de onde ouviram falar. “A polícia da Turquia matou dezoito em uma passeata de protesto”... “6000 soldados americanos mortos na guerra de invasão do Iraque”...“Morreram 100 chineses no interior do nordeste da China vítimas de uma enchente”... Shung-Yin foi baleado pela polícia em Cantão quando ameaçava jogar sua mulher de uma janela no 2º andar”... Nem na leitura de “O mandarin” de Eça de Queirós, no século XIX se viu tanto distanciamento de foco!
Dir-se-á então que é justamente isso: como em “O mandarin”, existe um efeito borboleta: para os que sabem perceber a notícia, um farfalhar de asas de uma mariposa  ou a morte de um mandarin na China pode fazê-lo mais rico ou mais pobre, principalmente para a elite econômica que aplica na bolsa.

O que tem esse "doodle" do Google acima com essa estória? Leia até embaixo e se surpreenda.

Ora, como Bilac, direis ouvir estrelas. Ah!, as "estrelas"... que importância que se dá e quantos minutos perdidos para informações sobre aas "estrelas" e astros da mídia, justamente eles que passam no etéreo mais como meteoros do que como sóis!  "A poor player that struts and frets his hour upon the stage and then is heard no more" (Shakeaspeare, em Hamlet: "pobre ator que se pavoneia e embroma sua fala em um palco e depois não se ouve dele nunca mais"...).

Que se organizem as mídias. Que se dê a cada fato seu devido lugar.
Sem se falar que há assuntos que vêm e voltam como modismos: um bombardeio geral e persistente só naquele item, depois, quem sabe daqui a algum tempo. As notícias de saúde, por exemplo, só divulgam o lado mau. Os famigerados (e quase nunca comprovados) “erros médicos” de vez em quando voltam à baila. Se uma auxiliar de laboratório contaminar uma amostra de sangue com um “pum” – erro médico e vai para a mídia se esse for o assunto da moda.

Os sintomas mais patognomônicos da patologia da mídia são as peripatéticas notícias ruins. Raras são as notícias boas! Existe um prazer sádico em divulgá-las amplamente! Onde estão as notícias boas? Porque tenho de saber tudo sobre a vida e as idas e vindas de um bandido e nada sobre alguém que faz a diferença para o planeta, alguém que me acrescenta ou acrescentou algo? Endeusam e imortalizam atletas escolhidos aleatoriamente como “a bola da vez”, exatamente como o faziam os antigos romanos com seus gladiadores. Cite-me o nome de um gladiador que não seja Spartacus, o Pelé da época.

É aqui aonde quero chegar: mostrar que a internet e a informática podem ser um oasis nesse planeta poluído da informação: o simples “doodle” diário do onipresente deus Google pode ser um alívio se você gosta de uma informação sadia e que acrescente algo a sua pessoa. O link do atraente “doodle” do Google lhe leva a fatos interessantes e quiçá valiosos. 

Há tempos, quando era professor universitário e publiquei uma pesquisa para defesa de tese de curso de especialização, agradeci a Bill Gates, por ter disponibilizado, (àquela época), as ferramentas adequadas para a elaboração do trabalho: o Word, facilitando a edição e formatação do texto, o Excel, facilitando a tabulação dos dados, o tratamento estatístico e a construção dos gráficos, e o Power-Point, para a apresentação dos resultados. Hoje, em meio ao bombardeio de informações inúteis, paranóicas  ou de menos importância, em meio ao besteirol rápido e intrincado das redes sociais, agradeço a Larry Page e Sergei Brin pela inventividade e inovação quase constante.
Imperdível foi o “doodle” em comemoração ao aniversário de nascimento de Fred Mercury, o band-leader do Queen, com direito a conhecer dados sobre sua vida e ver e ouvir uma performance do cantor.
Hoje, por exemplo, tem um “doodle” científico: atenção carinhas que malham, atenção biólogos e professores de educação física: vocês já sabem como seus músculos trabalham e que alimentos devem-se ingerir para melhorar a performance física graças aos trabalhos de pesquisa do húngaro Albert Szent-Gyorgyi, o “doodle” de hoje, 16 de Setembro, sobre a fisiologia da contração muscular, as ligações químicas entre as proteínas actina-miosina. E se você toma sua dose de vitamina C efervescente para aumentar sua resistência imunológica, ou toma sempre sucos de acerola ou laranja para se fortalecer, lembre-se de Szent-Gyorgyi, ele foi o pioneiro das pesquisas sobre vitamina C e ganhou até prêmio Nobel (porisso o "doodle" da laranja). Muita gente ainda atribui esses méritos a Linus Pauling, outro cientista que ficou famoso inclusive porque tomava 4 gramas diárias de vitamina C, mas cuja contribuição a essa pesquisa foi de menor monta.

Segundo o site http://www.nobelprize.org, não fosse o poder de uma bala, esses assuntos não teriam vindo à baila (oops!) à época. Explicando melhor: Szent-Gyorgyi, mesmo garoto,  era vidrado em ciências e laboratórios. Quando estorou a primeira guerra mundial foi convocado para servir o exército na frente russa. Teve alguns atos de bravura, foi até condecorado, mas percebeu que estava perdendo tempo – aquilo era uma idiotice total. Tinha de arranjar um jeito de voltar a sua terra natal e continuar seus estudos. Deu-se um estalo, digo melhor, um estouro, uma bala no braço fê-lo voltar de imediato para casa. Dizem as más linguas que foi proposital: ele atirou no próprio braço!  Há controvérsias. Amigos juraram que foi bala perdida...O fato é que esse fato (oops!) nunca foi comprovado e Szent-Gyorgyi voltou ao seu laboratório em 1917, formou-se em Medicina, especializou-se em Eletro-fisiologia na Universidade de Praga e em Química Aplicada na Universidaade de Berlim. Ensinou Farmacologia em Leiden e trabalhou como professor assistente no Instituto de Fisiologia da Holanda. Quando estourou a II Guerra Mundial, como estava na Europa e era declaradamente anti-nazista, foi para a Suécia, onde se naturalizou como cidadão sueco.

Após a guerra, em 1947 deixou a Europa e se instalou nos Estados Unidos onde foi Diretor do Instituto de Pesquisas de Fisiologia Muscular, em Massachusetts, quando, entre outras descobertas sobre a fisiologia da contração e da hipertrofia muscular e da fisiologia do músculo cardíaco, pesquisou o papel de substâncias anti-oxidativas, dentre elas as vitaminas C e P (a Flavanona). Pasmem, criadores de animais de raça e veterinários: esse cara foi o primeiro a conservar esperma de animais em substâncias glicerinadas para reprodução de matrizes!
Não parou aí: descobriu o papel, para o crescimento, dos hormônios do Timo, uma glândula bem desenvolvida nas crianças e que vai atrofiando progressivamente com a idade.

Entre centenas de prêmios e láureas, foi agraciado com o prêmio Nobel de Medicina em 1937.
De suas publicações importantes destacam-se: “Vitaminas, Saude e Doenças”, “Muscular Contraction”,”The nature of life”, “Bioenergética” e “Contraction in body and heart muscle”.
Albert Szent-Gyorgyi era fã de esportes, sobretudo vela e alpinismo, e morreu em Outubro de 1986 aos 93 bem vividos e produtivos anos.

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