Artrópodes têm um tronco evolutivo comum. Baratas e joaninhas são parentes muito próximos. Joaninhas fazem pequenos vôos. Baratas também. Mas que fenômeno estético e mental me faz achar bonita e admirar uma joaninha ou outro besouro de casco luzidio e achar horripilante o corpo de uma barata?
Que conotações histórico-evolutivas e associativas fazem os humanos, principalmente o sexo feminino, achar horripilante uma barata e bonitinha uma joaninha?
Que mecanismos psicológicos projetivos ou substitutivos estão implicados no fato?
Que mecanismos psicológicos projetivos ou substitutivos estão implicados no fato?
Na evolução da humanidade, por milhares de anos enquanto a espécie ainda morava em cavernas, terão havidos conflitos de coabitação com esses artrópodes farejadores de comida e asquerosamente sequiosos por grutas, inclusive as pequenas grutas humanas: boca, ouvidos, etc.?
Terão sido esses conflitos de coabitação gravados e arquivados no inconsciente coletivo e, mesmo em habitações melhores milhares de anos depois, repetidos como um imprint na mente humana? Que conotações as baratas possuem, sobretudo na cabeça das mulheres, que geraram esse imprint genético e transmitido de geração em geração nos meandros dos neurônios humanos? Os endocrinologistas poderiam até inventar um "baratômetro" para detectar o nível de hormônios femininos: soltava-se uma coleção de baratas de dentro de uma caixa e quanto maior o grito e a carreira, maior o nível de estrógenos.
Ah, (dirá o pessoal da saúde), esse bicho asqueroso transmite muitas doenças, sobretudo hepatite C...
Tudo certo. Mas está provado e pesquisado: as formigas doceiras, aqueles minúsculos e inocentes insetos caseiros, transmitem muito mais doenças que as baratas e nos hospitais, são os principais vetores de infecções hospitalares.
A mesma aversão humana se verifica entre pássaros e morcegos, esses últimos, nossos antigos competidores em cavernas!
Estaria essa estética nas mesmas raízes psico-genéticas que geram empatia, simpatia, antipatia, aversão e até pavor? Ou seria apenas um fenômeno geral de estética inerente ao ser humano e nato, segundo Aristóteles!?