
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Uma coisa puxou a outra?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Viagem zen

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Doença do sono também é uma DST!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
O conceito de caridade em Eça de Queiros

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
A voz da elite não é a voz do povo


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Fradique Mendes, um internauta em 1900

Se Fradique Mendes, o personagem de Eça de Queirós em “Correspondência de Fradique Mendes, (Porto, 1900), vivesse nos tempos modernos seria um internauta viciado em sites e Blogs!
Leia-se o parágrafo abaixo, exarado por Fradique (ibidem):
“...só me resta ser um homem que passa através de idéias e fatos, infinitamente curioso e atento! A egoísta ocupação do meu espírito hoje consiste em se acercar de uma idéia ou um fato, deslizar suavemente para dentro, percorrê-los mudamente, explorar-lhes o inédito, gozar as surpresas e emoções intelectuais que possam dar, recolher com cuidado algum ensino ou parcela de verdade e sair, passar a outro fato ou outra idéia com vagar e com paz, como se percorresse uma a uma as cidades de um pais de arte e luxo, como turista da inteligência”! (Eça de Queirós)
domingo, 8 de fevereiro de 2009
O DISCRETO CHARME DA BURGUESIA

Revendo-se o discreto charme de um filme típico de Luis Bunuel, realizado em 1972 percebe-se que o filme continua uma parábola onírica atual, enigmática e ao mesmo tempo contundente sobre o clero e a burguesia.
Um clássico mundial do cineasta espanhol onde o inusitado e o insólito marcam cenas aparentemente surrealistas mas de uma clara lição a quem souber lê-las, como um analista em uma sessão psicoterápica, embora impregnadas de aspectos e pensamentos da esquerda da década de 70, pós barricadas parisienses de 1968.
25 cenas se dispõem como um"puzzle", um brinquedo de montar em 25 sessões de catarse. Seis personagens principais representados por atores desconhecidos, no melhor estilo Pasolini parecem dispensar o próprio Buñuel na direção.
Não é um filme para ser visto. É um filme para ser revisto no bom figurino "Cult".
Há tantas leituras possíveis quantas prováveis! O filme começa realmente na cena 2 e Buñuel dá seu recado mais importante entre a 2ª. e a 13ª cenas.
CENA 2: Restaurante.
O dono morreu, mas o restaurante abre como se nada tivesse acontecido! Show must go on.
Ao autor e atores não interessam pessoas ou verdades pessoais, interessa a arte em si, esta não deve faltar. O autor se despoja ao entrar para o altar da arte. O show deve continuar.
CENA 3: O burguês,
representante da elite do terceiro mundo, atira no cão de brinquedo alegando que a dona é terrorista. O velho chavão das ditaduras paranóicas da América latina.
CENA 4 : A droga,
trazida de contrabando pelo embaixador dos Estados Unidos. As elites também praticam seus pequenos (?) crimes. A elite corrupta sempre tira partido de sua posição política/social mas age discretamente, "comme il faut".
CENA 5: A casa.
Chegam as visitas, amigos, para um jantar que não se realizará.
Os anfitriões fazem sexo escondidos no jardim. (As amizades são superficiais e de conveniência.) São menos importantes que um ato sexual. Os visitantes aguardam e bebem enquanto discutem a forma certa dos copos de cristal para determinadas bebidas como se esse "savoir-faire" fosse a coisa mais importante do mundo.
CENA 6 : Os anfitriões.
Escondidos num mal cuidado jardim, fazem sexo, alheios ao que se passa em sua casa. (Buñuel tenta mostrar que para um bom burguês, casa não tem o mesmo sentido de lar. Para a burguesia, lar-doce-lar é uma frase inventada pela classe média. Casa é apenas o espaço que hora se ocupa.
CENA 7: A frase clichê:
“Nenhum sistema pode dar educação ao povo". (Mas educação, para o interlocutor, é apenas uma questão de etiqueta: saber como beber preparar e beber um Dry Martini. Para corroborar a tese, testam o motorista). Cansados de esperar os donos da casa, decidem ir embora, menos pelo casal, mais pelo tédio.
CENA 8 : A Igreja,
na pele do bispo da Diocese, chega a pé humildemente à casa para servir à burguesia como um simples lacaio (jardineiro). A burguesia o expulsa. Ele não aparenta nenhuma autoridade com suas roupas de pároco de aldeia. (O hábito faz o monge). Mas o bispo se veste de bispo e alega que a Igreja mudou e agora é bem aceito para servir à burguesia como um mero jardineiro, afirmando que aprendeu jardinagem por tradição - manutenção do "status quo" - tradição é a palavra chave para a burguesia. (Aqui uma linguagem explícita, quase brega do chavão socialista: a Igreja lacaia do capitalismo).
CENA 10: Uma orquestra de velhos
toca em uma casa de chá, (mito de eunucos em harém). As mulheres se reúnem para o ócio típico das dondocas: a vida alheia e o papo furado.
CENA 11: O onirismo à La Dali:
Um militar se aproxima e conta sua história onírica: um pesadelo em que sempre vê a mãe morta relatando ao filho sua (dela) traição. O militar é o superego feminino a amedrontá -las com o mito da maternidade maculada.
CENA 13: A traição.
Uma das mulheres tem um encontro amoroso no quarto do embaixador. Chega o marido para dar uma notícia ao embaixador. A mulher pergunta:
- Quem está ai?
- É seu marido, responde o embaixador.
(A infidelidade é normal) (?).
Mas o que é que essa italiana tem?

A maioria aposta que é o sorriso. Mas quem a viu de perto aposta no olhar.
Se você está do lado direito da sala ela te olha direto nos olhos, se você muda para o lado esquerdo ela te acompanha com o olhar e continua sorrindo a te fitar.
Como arte, ela não está só no grande salão apinhado de gente. À sua frente e à esquerda de quem entra, está o maior quadro do Louvre, “As Bodas de Canaã”, ocupando todo o retângulo da parede do salão da Mona Lisa, mas quase ninguém o vê, só teem olhos para a italiana de Da Vinci, e ela fita a todos, onde estiverem, com seu olhar transcendental, tipo portal de 4ª. dimensão, igual àqueles quadros bregas do Sagrado Coração de Jesus, feitos com vidros segmentados para parecerem 3-D, entronizados em algumas salas de casas do interior do Nordeste.
Alguns visitantes como eu se invocam e ficam andando de um lado para o outro, como a querer comprovar o fenômeno. Os que percebem apenas o sorriso ficam a bater contínuas fotos, mas, mesmo com a miríade de flashes a ricochetar no vidro à prova de balas, ela continua com um sorriso inflexível mas um olhar móvel e enigmático.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Parêntese para Cortázar

Ecumênicos sine die
Les bourgeois c'est comme les cochons,
Plus que ça grandit, plus que ça devient can.
(Canção francesa)
Nunca vou entender por que insultam os burgueses. Se você reparar bem, eles são os autênticos cidadãos do mundo. Como, não? Um burguês venezuelano, um espanhol, um francês e um da Arábia Saudita são muito mais unidos que um comunista chinês, um peruano e um russo. Estes podem ser comunistas até dizer chega, mas um nacionalismo acérrimo os separa para sempre. Em compensação os burgueses têm uma única pátria que é a burguesia, e dentro dela a distribuição do mobiliário é idêntica: aqui a grana, aqui a religião, lá a moral sexual, mais para lá a camisa listrada. Só falta falarem em latim para manter viva aquela universalidade tão sonhada que ao que parece existia na Idade Média, mas agora com as máquinas de traduzir, Mac Luhan e o inglês em vinte lições, logo, logo não vai haver problema.
(Julio Cortázar – “Último Round” – Tomo II)
Luar sobre Fortaleza

Praia de Iracema
Lady Godiva

Info-Arte

Verso e reverso
Fotopoema
Nascimento
Fotopoema2
Picasso - Guernica
O Sudoku de Ant.Gaudi no portal da Sagrada Família em Barcelona

Qualquer soma nas colunas, nas linhas ou em X dá 33: a idade de Cristo na cruz!
Pensamento1

Fanatismo
Dies irae dies ille

These foolish things

Tem dias...

Tem dias!
Wicked game (Kris Izaac)

Babalu

Fotopoema
Festival de Natal - Lago Negro - Gramado-RS

Nativitaten - um espetáculo que se renova e merece ser visto e revisto!