Para sentir a mediocridade da TV aberta (e até de alguns canais da fechada) em toda sua plenitude é preciso estar acamado por um motivo qualquer, uma gripe, por exemplo, e sem mais opções no PC, ligá-la a qualquer hora!
À noite ou aos sábados e domingos, nem pensar.
Caju chupado, bagaço, guião, copião, dejá vu!
As novelas, com raras exceções, não passam de nhem-nhem-nhem e papo furado de mocinhas para moiçolas ou senhoras desavisadas, mal acostumadas ou viciadas em quem está de caso com quem, quem bota chifre em quem...
Sem falar em intervalos longos para anúncios repetitivos e gritantes, tentando lhe vender alguma coisa estuprando seus ouvidos, como se tentassem penetrar à força no seu cérebro pelos orifícios auriculares!
Você liga e depois de alguns minutos a disparar o controle de canais acima e abaixo, vem a sensação de impotência. A seguir, a de abandono, helpless. Depois a chateação que vira impaciência até a impaciência atingir o limiar do ódio, no ponto próximo do prejuízo de atirar um cinzeiro, um jarro ou até uma cadeira na pantalha luminosa e estúpida, brilhantemente estúpida.
Alguns programas locais exploram sadisticamente a violência urbana. Sua TV se tinge de vermelho e um lixo social derrama-se sobre sua casa!
Alguns programas locais exploram sadisticamente a violência urbana. Sua TV se tinge de vermelho e um lixo social derrama-se sobre sua casa!
Se se acamar, melhor não ligá-la. Leia algo, nem que seja o jornal de ontem...
Ou como disse Groucho Max: "Acho que a televisão é muito educativa! Todas as vezes que alguém liga o aparelho vou para outra sala e leio um livro..."
Ou como disse Groucho Max: "Acho que a televisão é muito educativa! Todas as vezes que alguém liga o aparelho vou para outra sala e leio um livro..."