Existem algumas similaridades culturais enigmáticas na história das civilizações que me surpreendem e espantam desde que, de calças curtas, comecei a estudar os livros do curso fundamental, antigo “curso primário” (que na verdade não eram tão “primários” assim!).
Uma delas, por exemplo, é a similaridade entre as carrancas dos barcos do rio São Francisco e as dos navios vikings. Que influencia os ribeirinhos do velho Chico teriam sofrido dos antiqüíssimos navegadores vikings?
Como gente de cultura tão simples e tão “naif” teria tido acesso a informações e imagens suficientes para assimilar as carrancas dos barcos vikings e incorporá-las a seus barcos?
A crença básica, segundo estudos de ambas as culturas é a mesma: figuras horrendas, zooantropomorfas, com expressão geral de ferocidade, cabeças alongadas, olhos oblíquos e malévolos e bocas ameaçadoras, espantam os inimigos ocultos, a inveja e os maus espíritos das águas.
Apesar de as novas embarcações do Velho Chico já não adotarem mais as carrancas em sua proa, elas continuam como objeto de decoração e de crença – acredita-se que colocada em um local de um ambiente onde elas visualizem o acesso, elas neutralizam imediatamente a inveja e o mau olhado.
A pergunta básica e antiga na minha cabeça é:
- Como, de que maneira, os vikings influenciaram a cultura do São Francisco?
Veja mais sobre as carrancas do S.Francisco em:
Outra similaridade cultural que continua a me surpreender é aquela que existe entre as pirâmides das culturas pré-colombianas, maias, incas e astecas e as pirâmides egípcias. Quem levou essas informações a essas culturas em uma época onde não havia nenhum artefato feito pelo homem capaz de cruzar os mares ou os ares?
Em um livro que foi best seller no mundo todo, “Eram os deuses astronautas?”, escrito em 1968, o escritor e pesquisador alemão Erich Von Daniken, sugere que as pirâmides das culturas pré-colombianas da América foram, mesmo que indiretamente, influenciadas por seres extra-terrestres, com suas naves viajando à quase velocidade da luz e frequentando a terra desde priscas eras!
Sabemos que os seres pré-históricos construíam pequenos morros (os precursores das pirâmides) que serviam de túmulo para seus chefes ou figuras importantes da tribo.
Na China, no Japão e em outras culturas orientais primitivas essa tradição persistiu por milênios, desde os primórdios da idade da pedra.
As pesquisas arqueológicas brasileiras, sobretudo as realizadas no Piauí pela professora pesquisadora Niède Guidon, encontraram em sítios arqueológicos no Piauí, pequenas formas primitivas e pré-históricas de pirâmides de terra e barro, chamadas “sambakis” que, embora muito menores, já teriam uma similaridade persistente e consistente com os morrotes funerários orientais!
Acredite quem quiser, mas a segunda pergunta básica que não cala é a seguinte:
- Quem influenciou quem a fazer pirâmides e como foi possível essa influência arquitetônica? Será que os gens de seres migrantes conseguem transportar durante milênios informações culturais e fenotípicas?